quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Anisa, a heroína negra



Esta mulher negra, Anisa Abd el Fattah, preside a Associação Nacional das Mulheres Muçulmanas Americanas (em inglês, NAMAW). Ela é um exemplo da militância muçulmana contra as barbaridades dum império que tanto oprime acima de tudo os próprios negros. Num programa de rádio que foi ao ar para todo o mundo no último dia 11, ela declarou 
(1) a inocência dos seus irmãos de fé em relação ao trágico evento relacionado a tal data, 
(2) exigiu um inquérito independente sobre o assunto, bem como um pedido de desculpas por parte do governo do seu próprio país. 
Nele, além de insistir em declarar que os muçulmanos foram usados como bode expiatório, ela também apresentou o vasto conjunto de provas sobre o assunto já formalmente estabelecido por especialistas e cientistas dos próprios Estados Unidos, exigindo ainda as devidas indenizações às famílias dos quase 5 milhões de muçulmanos mortos na chamada “guerra ao terrorismo” que foi lançada a partir daquela data pelo Ocidente como suposta vingança justificada — sem mencionar os 5 países muçulmanos que foram invadidos, atacados e ocupados neste intervalo. 
Ela é um exemplo de como a causa negra nas Américas está sempre profundamente relacionada aos muçulmanos — pelo menos, no que tange a reagir de verdade à opressão, não apenas a chorá-la. A última vez que os negros do Brasil agiram assim foi há mais de cem anos, na Revolta dos Malês. E eles também eram muçulmanos. E eles também foram inspirados por uma das suas próprias tão guerreiras mulheres.