sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Um 7 de setembro sem índio nem Mércio



Uma amiga — negra, aliás; ou melhor, cafuza: a raça do Quilombo de Palmares — cursando história numa universidade olindense falou-me estes dias da acirrada disputa que estava a travar com um professor que lhe tentava impingir aquele tradicional cenário do Brasil “recém-descoberto”: um país quase despovoado, índios animalescos e preguiçosos, portugueses bonzinhos e lindos — claro! — ansiosos por salvar aquela terra largada às ervas-daninhas e às cobras — é incrível como gente assim sempre tem cisma com cobra — e que só e tão-somente por tal razão acabariam sendo forçados — coitadinhos! — a recorrer aos escravos africanos — que, aliás, lhes acorriam de joelhos a implorar por serventia — afinal, que outra coisa poderiam mesmo fazer?

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UM 7 DE SETEMBRO SEM ÍNDIO NEM MÉRCIO