Por Altamiro Borges:
"Esta é a segunda vez em toda a história do Vaticano que um papa renuncia – o que deve gerar muitas especulações nos próximos dias. O cardeal alemão Joseph Ratzinger foi escolhido papa em abril de 2005. Neste longo período, ele reforçou a guinada conservadora da Igreja Católica, iniciada com o cardeal polonês Karol Wojtyla, o papa João Paulo II. Líder da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão da Inquisição, Bento XVI perseguiu os setores mais progressistas da igreja e retomou antigos dogmas católicos.
"Sua gestão foi bem tumultuada. Ele enfrentou o escândalo dos padres pedófilos e, recentemente, a denúncia das fortunas erguidas ilegalmente pelo Vaticano. Um novo papa será escolhido nos próximos dias, mas não há expectativa de uma nova onda progressista na Igreja Católica. Os dois últimos pontificados promoveram uma enorme regressão. Como apontou o teólogo brasileiro Leonardo Boff, numa entrevista à revista IstoÉ em abril de 2010, Ratzinger foi a maior expressão deste retrocesso. Reproduzo trechos da entrevista:[...]"
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